O Petróleo bruto é o termo para o óleo não processado. Este é um combustível fóssil, o que significa que ele é formado pelo processo de decomposição de matéria orgânica, ou seja, restos vegetais, algas, alguns tipos de plâncton e restos de animais marinhos, contudo, esse processo acontece durante centenas de milhões de anos na história geológica da Terra. Com relação as suas características, os tipos de petróleo bruto podem apresentar cores distintas, de claros a negro, assim como viscosidades diferentes, que podem ser semelhantes à água ou quase sólidas. 

    O petróleo bruto é o ponto de partida para muitas substâncias diferentes porque contém hidrocarbonetos em sua composição química. Sabemos que os hidrocarbonetos são moléculas que contém hidrogênio e carbono e existem em diferentes tamanhos e estruturas, com cadeias ramificadas e não ramificadas e anéis. Vale salientar que uma das características que são importantes nos hidrocarbonetos, que podemos destacar é que esses apresentam uma grande fonte de
energia. 

       Desta forma, dos produtos derivados do petróleo bruto, que são bastante utilizados em nosso dia a dia são a gasolina a qual pode ser considerado o produto mais comercial desses derivados, o asfalto que utilizamos para a pavimentação e revestimento impermeabilizante, as parafinas, que são bastante utilizadas na fabricação de explosivos, como também em misturas comestíveis, inclusive no chocolate, e também é caracterizado um hidrocarboneto o Querosene, o qual é usado como solvente e na aviação para turbinas aéreas. 

        O menor hidrocarboneto é o metano (CH4), um gás mais leve do que o ar. Pois compostos com cadeias mais longas que contêm cinco carbonos ou mais e são líquidos, já as cadeias muito longas são os produtos sólidos. Ao estabelecer ligações quimicamente entre as cadeias de hidrocarbonetos artificialmente, obtemos vários produtos, que vão da borracha sintética até o náilon e ao plástico de potes para alimentos. 

        Para melhor compreendermos acerca deste recurso natural o vídeo abaixo ilustra um pouco sobre sua origem, sua extração e aplicações em nosso cotidiano. 

Nomenclatura dos Hidrocarbonetos

Chegou a hora da nomenclatura dos Hidrocarbonetos.  A União de Química Pura e Aplicada (IUPAC), estabeleceu regras para nomear as cadeias carbônicas. Primeira regra para nomear os 

Prefixo: É a quantidade de carbonos na cadeia principal;

Infixo: É o tipo de ligação;

Sufixo: O nome termina com a letra “o” pois é hidrocarboneto.

Alcanos – Cadeia aberta e ligações simples, Exemplo: Propano

Alcenos – Cadeia aberta e ligação dupla, Exemplo: Eteno

Alcinos- Cadeia fechada e ligação tripla, Exemplo: Etino

Importante: No caso de Alcenos e Alcinos de grandes cadeias a nomenclatura precisa indicar a dupla ou tripla ligação, sendo assim a numeração inicia-se pela extremidade mais próxima da ligação.

Alcadienos – Cadeia aberta e duas ligações duplas, ex: Propadieno

Hidrocarbonetos com ramificações

As ramificações precisam ser identificadas por isso precisa ter o nome da cadeia e indicar a localização das ramificações. Para isso, a cadeia mais longa deve ser considerada como a principal. 

Existem algumas regras quando há ramificações:

1. Necessário usar os prefixos di, tri, tetra....

2. As cadeias com ramificações diferentes devem ser listadas em ordem alfabética;

3. A cadeia principal dos alcenos e dos alcinos apresenta, respectivamente, uma dupla ou tripla ligação. A numeração da cadeia deve iniciar da extremidade mais próxima da ligação.  

Hidrocarbonetos Cíclicos 

Tem o termo “ciclo” na nomenclatura, quando tem ramificações devem ser numeradas a partir da ramificação mais simples e deve ser no modo que recebam a menor numeração.

Ciclanos- possuem cadeia fechada, saturada (ligações simples entre carbonos) e podem ter ou não ramificações. Exemplo: Ciclobutano

Ciclenos- possuem cadeia fechada, insaturada (uma ligação dupla entre dois dos carbonos) e podem ter ou não ramificações. Exemplo: Ciclobuteno

Ciclinos- possuem cadeia fechadas, saturada e uma ou mais ligações triplas. Exemplo: Ciclopentino

Texto adaptado de: Escola Brasil e Toda Matéria

CUIDADO COM O "ALCANO" QUE VOCÊ COZINHA... 

Como assim? vamos entender! 

O gás de cozinha denominado de GLP, a sigla para  gás liquefeito do petróleo, composto pelo butano e propano.  São altamente inflamáveis, inodoros e incolores. 

Mas se eles não possuem cheiro, por que nós logo sentimos um odor característico quando o gás de cozinha está vazando? Na verdade, esse cheiro que nós sentimos não é nem do propano nem do butano, mas sim de substâncias de enxofre.

                                    

  

Outro principal alcano utilizado no cotidiano é o metano. Ele é também chamado de gás natural (localizado em jazidas de petróleo), gás dos pântanos (pode ser obtido nas regiões pantanosas pela fermentação da celulose), biogás (é usado como combustível) e gasolixo (pode ser obtido também no lixo, pela decomposição anaeróbica do material orgânico).

 

Existem cerca de 1,5 mil milhões de vacas e bois no planeta, cada um deles expulsando mais de 30 a 50 galões de metano por dia. Normalmente, pensamos que os pus são os maiores responsáveis pela emissão, mas os arrotos são, na verdade, a principal fonte de metano produzido pelo gado, representando 95% do problema dos gases com efeito estufa. Pode haver mais CO2 na atmosfera do que o metano, mas, isoladamente, o metano é o gás de efeito estufa mais destrutivo.